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Segurança em 1º lugar

Todo profissional de refrigeração e ar condicionado devidamente qualificado sabe que precaução extra nunca é demais durante a realização de serviços em campo.


Em um dia normal de trabalho, os técnicos e instaladores podem ter de visitar vários clientes. Por esse motivo, todo refrigerista deve verificar as ferramentas necessárias para cada ordem de serviço, tais como alicates para descascar fios, chaves inglesas e vacuômetros.


Nessa primeira etapa, é importante verificar se o ferramental está em perfeitas condições, o que garantirá sua eficiência e a segurança dos trabalhos, ajudando a evitar acidentes durante reparos, manutenção ou instalação de equipamentos. Enfim, é muito importante que as ferramentas não estejam desgastadas ou quebradas.


Antes de realizar qualquer serviço, os profissionais do setor também devem colocar os equipamentos de proteção individual (EPIs), tais como protetores de rosto contra líquidos e produtos químicos perigosos; máscara para respirar, caso haja substâncias nocivas no ar; capacetes de segurança ao trabalhar em uma área onde haja risco de objetos ou vigas caírem; e calçados de segurança para proteger os pés contra quedas de objetos pesados.


Outros EPIs importantes são as roupas adequadas para proteger as mãos, a pele e o corpo contra temperaturas rigorosas; os tampões de ouvido para evitar perda auditiva, especialmente quando se trabalha em áreas que tenham 90 decibéis ou mais; e os óculos de segurança para impedir que projéteis e detritos entrem nos olhos.



Produtos perigosos

A fim de evitar acidentes, os refrigeristas sempre devem manusear corretamente agentes de limpeza, detergentes, solventes, fluidos refrigerantes e outros produtos químicos, uma vez que alguns deles podem explodir e causar ferimentos.


Durante o transporte de cilindros contendo fluidos frigoríficos, os profissionais do setor também precisam ficar atentos às altas temperaturas do verão. Nesta época, mantê-los em veículo fechado ou parado sob o sol pode ser perigoso. Afinal de contas, o cilindro pode literalmente decolar ou até mesmo explodir. EPIs protegem o contato com gases e meios químicos


Segundo especialistas em segurança do trabalho, a maioria dos técnicos de refrigeração precisa elevar seu nível de conhecimento acerca dos procedimentos de segurança para a realização de serviços em equipamentos que utilizam fluidos frigoríficos inflamáveis, tais como propano (R-290), isobutano (R-600a), pentano (R-601) e isopentano (R-601a).


A primeira coisa a levar em conta ao trabalhar com eles é a existência de três ingredientes básicos para o início de um incêndio: um combustível na concentração certa, uma quantidade de oxigênio e uma fonte de ignição.


Neutralizar o risco apresentado pelo combustível requer o seu confinamento, seja num cilindro ou no próprio sistema de refrigeração, evitando-se que ele se espalhe por outras áreas, em caso de vazamento.


Quanto ao ar, embora ele seja um dos fatores da combustão, também funciona como dispersante do gás eventualmente liberado no ambiente, o que faz da boa ventilação outra forte aliada contra acidentes.


Portanto, antes de iniciar um trabalho em equipamentos com fluidos inflamáveis, os refrigeristas devem checar se o local está adequadamente ventilado. Caso contrário, será necessário fornecer ventilação adicional.


Em serviços dessa natureza, ter um extintor de incêndio também é imprescindível, assim como um detector de gás inflamável ligado antes de entrar no ambiente. Esse dispositivo deve permanecer ligado durante todo o processo e ser desligado apenas após o término do serviço.


Além disso, os técnicos devem estar conscientes de que os cortadores de tubos, e não os maçaricos, são o método de desmontagem recomendado para os sistemas que contêm algum tipo de hidrocarboneto inflamável.


Da mesma forma, os profissionais do setor precisam ser especialmente cautelosos e diligentes ao usar um maçarico para “selar” as extremidades do tubo de processo. Purgar o sistema com nitrogênio é igualmente essencial para garantir que nenhum hidrocarboneto permaneça nele.


Riscos nas alturas

Segundo o recém-extinto Ministério do Trabalho e Emprego, 40% dos acidentes de trabalho no Brasil relacionam-se a quedas de lugares elevados.


Pouca gente, porém, sabe da existência da Norma Regulamentadora nº 35, que define requisitos e medidas de proteção aos profissionais que atuam nessas condições, como os instaladores de sistemas de ar condicionado.


Além dos equipamentos básicos a serem utilizados, a NR-35 prevê a realização de cursos gerais e específicos, voltados para a área de atuação do técnico.


Independentemente dessa norma específica, todos os profissionais da área de refrigeração e climatização devem aprender a avaliar os riscos envolvidos em seu trabalho antes de executar qualquer serviço, e sempre ficarem alertas às possíveis ameaças, segundo especialistas em segurança do trabalho.



Norma internacional

Outra norma relevante a ser observada pelos profissionais do setor é a ISO 5149-1:2014 – Sistemas de Refrigeração e Bombas de Calor – Requisitos Ambientais e de Segurança.


Além de recomendações sobre a coisa certa a fazer em cada etapa do trabalho, a norma fala sobre recuperação, reutilização e descarte correto de todos os tipos de fluidos refrigerantes, óleos lubrificantes, sistemas de refrigeração, peças e componentes.


No capítulo que define o perfil do refrigerista, ela diz que o profissional deve conhecer os requisitos de inspeção; dominar o funcionamento, a operação e o monitoramento dos sistemas; e saber o processo de troca de fluido refrigerante, observando sempre as boas práticas ambientais e de segurança.


Outra recomendação da norma – publicada em substituição a uma de 1993 – é que todo sistema de refrigeração tenha um livro para o registro das manutenções e reparos realizados, incluindo cargas de fluido e a substituição de partes.


Finalmente, ela detalha o que fazer ao término da vida útil de todos os itens de um sistema frigorífico, para que eles sejam recuperados, reutilizados ou destinados conforme a regulamentação de cada país.


No caso dos fluidos refrigerantes, a norma internacional frisa que os refrigeristas devem seguir os processos adequados de manuseio e armazenamento, bem como garantir os testes necessários antes de sua reutilização.

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